terça-feira, 17 de maio de 2011

Efeitos do mundo virtual no mundo offline




Kevin Alderman não inventou o sexo no Second Life. Simplesmente fez melhor. O empresário de 46 anos percebeu há quatro anos que as pessoas pagariam para fazer sexo online.

Os negócios da Eros LLC aumentaram. Uma das suas criações, o SexGen Platinum, tornou-se tão popular que Alderman teve que contratar advogados para localizar quem é a pessoa de carne e osso por trás da identidade virtual, ou avatar, que ilegalmente foi copiada e vendida.
Por 45 US$, o SexGen dá vida a apaixonados avatares em posições eróticas. É o código do software, escrito na linguagem do Second Life e colocado em móveis virtuais e outros objetos. Os avatares clicam num objecto e fazem escolhas de acordo com um menu de actos sexuais animados.
Alderman registrou um processo civil nos Estados Unidos, no Tribunal do distrito de Tampa, na Flórida, no mês passado alegando que um avatar chamado “Volkov Catteneo” quebrou a cópia de proteção do programa e vendeu cópias não-autorizadas. Alderman, que gere o seu negócio a partir da sua casa situada num subúrbio de Tampa, permite que os utilizadores façam a transferência dos seus produtos, mas proíbe cópias.
Questionado sobre o assunto, responde: “O que vocês vão fazer? Vão me processar?”, disse Alderman. “Existe essa mentalidade porque quando se está em avatar pensamos ser  intocáveis. Este processo não é somente para proteger o nosso rendimento ou o nosso produto, mas também, mostrar que, sim, você pode ser processado e levado à justiça”.
Catherine Smith, directora de marketing da Liden Lab, criadora do Second Life, disse que não sabia de nenhuma disputa legal no mundo real entre dois utilizadores.
O Second Life não é um jogo. Não há dragões para destruir ou outros objetivos tradicionais dos jogos. A Linden Lab descreve-o como “um mundo online digital imaginado e que pertence aos seus residentes”. A Linden Lab proporciona um avatar básico gratuito, uma representação do utilizador na forma masculina ou feminina. Qualquer coisa extra custa dinheiro real. Uma ilha virtual de 16 hectares custa quase 1,7 mil US$ por mês, além de 295 US$ para a manutenção de honorários. O dinheiro virtual, chamado lindens, pode ser trocado por dólares reais á taxa de câmbio equivalente a 270 Lindens para 1 US$.
Na loja de Alderman, no Second Life, os compradores podem experimentar uma cama de dragão movimentada por uma das suas máquinas SexGen. Alderman, dá emprego a uma equipa de vendas que se empenha na loja como vendedores reais. Ele vai investir 25 mil US$ para a criação de movimentos sexuais mais realistas para os utilizadores do Second Life.
 “Virtualmente, cada aspecto da vida real está a ser duplicado e, todas as leis que se aplicam ao mundo real serão no futuro aplicadas no Second Life”, declarou Jorge Contreas Jr., um advogado especialista em propriedade intelectual, de Washington.

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